"O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem" (João Guimarães Rosa).
É assim mesmo a vida, ela só pede a gente coragem, determinação, coerência e principalmente não mentir e não usar a mentira como método, para levar vantagem em tudo. Temos que saber ganhar e perder, mas ter firmeza nos nossos princípios, em qualquer situação, seja boa ou adversa.
A frouxidão, o medo de enfrentar a vida, as suas dificuldades, é próprio dos que tem um caráter frágil ou até não tem caráter mesmo.
Se adequar ou se entregar a qualquer situação ou qualquer dificuldade, tergiversar, não saber perder, só querem ganhar o tempo todo; podem até ganhar do ponto de vista material, mas perdem do ponto de vista do respeito, da credibilidade. Tem que ser quente ou frio, porque morno eu vomito!
Infelizmente, na vida e na política, grande parte das pessoas são meros e grandes oportunistas, não obedecem a princípios, a concepção de sociedade, a valores éticos e morais, usam muitas vezes a religião como bálsamo para enganar o povo, fingindo-se ter fé e na prática desviam o dinheiro público, enriquecem, fazem da política um negócio pessoal, familiar.
Lembro quando fundamos o Partido dos Trabalhadores (PT), para grande parte dos políticos e do povo brasileiro, Lula (ex-presidente), era um monstro, analfabeto e cotó (sem um dedo da mão).
Lembro que em outubro de 1981, Lula esteve em Serra Talhada, onde eu era presidente do PT local e a dificuldade que a gente tinha para organizar um comício, um evento qualquer, seja por falta de dinheiro ou apoio logístico para tal. Naquela época, a gente hospedava os companheiros e Lula ficou hospedado em minha casa, já que eu era médico e tinha uma condição financeira melhor. Até a gasolina do carro que ele andava, foi eu que abasteci, para voltar para Recife.
Tenho, ao longo destes 32 anos de filiado ao PT, tentado me manter coerente com os meus princípios, discordando inclusive internamente de algumas práticas do PT, e enquanto militante, dirigente que fui em Pernambuco e como gestor público, nos cargos que ocupei na saúde pública.
Lembro como foi difícil para mim, inaceitável até, Marta Suplicy fazer aliança no segundo turno da eleição de Prefeito de São Paulo em 2004, com Paulo Maluf (PP), que era e é a antítese de tudo que nós petistas sempre pregamos. Maluf hoje não pode sair do Brasil, pois existe ordem de prisão para ele em mais de 180 países, ou seja, é considerado um pária para a Interpol. E este homem durante muito tempo foi o presidente nacional do PP (Partido Progressista) e é deputado federal pelo mesmo; uma vergonha nacional.
Então, hoje é preciso que se definam as alianças políticas por princípios básicos, como a ética, a honestidade com a coisa pública e a promoção de equidade, de justiça social. E foi baseado nestes princípios, que defendi dentro do PT uma aliança estratégica com o PDT, do prefeito Anilton Bastos, conhecido que é pelas suas práticas éticas e de um governo que dá mais a quem precisa mais.
Precisamos eleger vereadores (o PT), para nos fortalecermos institucionalmente e no futuro sim termos um candidato nosso a prefeito, para que possamos aprofundar ainda mais as políticas públicas voltadas para o bem estar de toda a população pauloafonsina.
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