Política

Paulo Afonso - Bahia - 05/04/2015

Deputados baianos estão entre as pessoas mais bem pagas do Brasil

Luiz Brito com informação da região
Divulgação

Os deputados baianos estão entre as pessoas mais bem pagas do Brasil, com salário que subiu para R$ 25.322 em fevereiro. O reajuste, de cerca de R$ 5 mil mensais a mais, foi aprovado em dezembro pelos próprios parlamentares. Mas a farra continua. Na terça-feira, sob o comando do presidente Marcelo Nilo (PDT), os deputados reajustaram o valor da verba de gabinete.  Ela passou de já incríveis R$ 78 mil para R$ 92 mil mensais. O aumento de gastos com dinheiro público teve 54 votos a favor e somente um contra. Com isso, desde o dia 1º cada deputado estadual recebe o novo valor, que pode ser usado para pagar até 30 assessores.  Um funcionário de parlamentar pode receber salário de até R$ 11 mil. O aumento de R$ 14 mil para cada um dos 63 gabinetes custará ao contribuinte baiano R$ 882 mil mensais. Por ano, o gasto adicional será de R$ 10,6 milhões. 

O reajuste ocorre no momento em que o País passa por uma grave crise financeira, com atraso de salários e demissões nas empresas. 

Segundo levantamento, somando salário, verbas de gabinete e indenizatória, cada deputado está custando R$ 158.300 mensais ao contribuinte. Muitos tiveram votação expressiva em municípios como Paulo Afonso, Glória, Santa Brígida e Jeremoabo.

Cada deputado tem ainda direito a mil litros de combustíveis mensais. Com os reajustes de salário, verba de gabinete e aumento no preço de combustível, o custo anual para bancar cada deputado baiano passou para cerca de R$ 1,9 milhão. Cada deputado tem direito a verba indenizatória de até R$ 38 mil mensais. Esse dinheiro pode ser usado para aluguel de imóveis e escritório, material de expediente, assinatura de jornais e revistas, locação de equipamentos, locomoção e hospedagem fora de Salvador. 

O dinheiro pode ser destinado ainda para assessorias, consultorias, pesquisas e trabalhos técnicos, divulgação das atividades. O detalhe mais intrigante é que a prestação de contas é feita só com apresentação de notas fiscais dos supostos serviços e produtos. 

O descontrole dos gastos na Assembleia Legislativa vem ocorrendo nos últimos anos e não se resume a reajustes de salários e verba de gabinete. Desde 2011 os deputados vêm aprovando aumentos do número de assessores parlamentares. Há quatro anos, cada deputado tinha direito a 21. Em 2011 aumentaram para 26 e hoje podem contratar até 30. 


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