Política

Paulo Afonso - Bahia - 25/03/2015

PEC que prevê fim das coligações nas eleições proporcionais é aprovado no Senado e segue para Câmara

Agência Senado com Luiz Brito
Foto: Jefferson Rudy
A matéria agora segue para análise da Câmara dos Deputados
A matéria agora segue para análise da Câmara dos Deputados

PEC que acaba com a figura dos “puxadores de votos” foi aprovada, em segundo turno, pelo Senado nessa terça-feira (24); segue agora para ser analisada pela Câmara dos Deputados, se vier a se tornar Lei as eleições para Deputados deixarão de ser proporcionais e darão lugar ao voto majoritário simples. Em resumo: quem tiver mais voto será eleito.

Será a ”morte” das coligações, exceto para as eleições majoritárias (Presidente, Governador e Prefeitos) onde continuará valendo a união de partidos para eleger um candidato.

As vagas hoje são distribuídas conforme o número de votos recebidos pela legenda ou coligação. A mudança tornará inútil a figura do candidato puxador de votos, que atualmente é representado por algum político importante ou por celebridades. Ironicamente apelidada de "Lei Tiririca", todavia poderia ter sido “Lei Eneas” ou ainda “Lei Clodovial” - ela impedirá justamente a repetição do fenômeno representado pela eleição do cômico, deputado pelo PR de São Paulo. Tiririca teve 1,35 milhão de votos e ajudou a eleger candidatos com pouquíssimos votos, como Vanderlei Siraque (PT-SP), que somou 93 mil votos, menos que outros dez candidatos não eleitos.

Na eleição de 2012 em Paulo Afonso a então candidata pelo PDT, Irmã Leda contabilizou 1.156 votos, contudo ficou de fora. Beneficiado pela conjuntura política o petista Luiz Aureliano que teve  pouco mais de 700 votos ficou a vaga. Dessa forma os partidos não irão mais buscar nomes que possam trazer muitos votos, nem vão procurar um grande número de candidatos para fazer 2,3 mil votos ou menos, só para engordar o coeficiente eleitoral. Sendo aprovada, a "Lei Tiririca" gerará um imediato efeito colateral: as coligações partidárias tornar-se-ão inúteis nas eleições proporcionais.

Hoje, os partidos se aliam para formar chapas com o intuito de somar forças e produzir um alto coeficiente. Com a nova regra, uma aliança partidária não produzirá qualquer efeito positivo ou negativo.

Lei que poder vir em boa hora, já era o momento de acabar com esse tipo de representação insignificante nas Câmaras e Assembléias Legislativas. Pessoas que não representam nada para o povo “ganham” mandatos com votos de outros. Não que isso vá fazer grande diferença na atual conjuntura em que vivemos no país, já que a maioria é a mesma coisa, mas pelo menos teremos a certeza de quem nos representa é quem nós delegamos por meio do voto, e não um”sortudo” que apenas soube com quem coligar-se.


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