Fez-se um enorme alarido nestes dias que precederam a sessão ordinária da Câmara Municipal desta segunda-feira 26, sobre finalmente o governo ter coragem de pautar o projeto de lei que renova a concessão da Embasa, que opera irregular no município há quase dois anos. Contados os votos, deu-se por vencido. Não se pode escapar, contudo, de um fato: quem é o articulador político do governo municipal?, e se ele existe onde atua?

Os vereadores da base estão a esmo, alguns fazem cálculos eleitorais, outros pensam como vão ficar se votarem contra o governo, e a turma que vota de ‘porteira fechada’ não tem votos suficientes nem argumentos para consegui-los. Alguém pode responder que o vereador Leco (PHS), como líder do governo é naturalmente o interlocutor que media as questões da prefeitura.

Não neste caso. Está mais que óbvio. Se o prefeito Luiz de Deus (PSD) não tomar às rédeas da situação e partir para 'a conversa baixinha no ouvido' esta votação não sairá, pois o que está em jogo na cabeça dos parlamentares, mais do que a taxa de esgoto, do que os problemas ambientais, e mesmo a qualidade da água, são os votos que lhes fugirão das urnas em 2020.

Assim nem o governo adianta o seu lado com o Plano Municipal de Saneamento Básico, nem a Câmara se define, e o povo continua pagando a fatura justa ou injusta.