Uma legião de camelôs trabalha hoje no pulo: em situação irregular, eles vivem com um olho no peixe e o outro no gato para, se preciso for, escapar da fiscalização. Como a fiscalização quase nunca aparece, alguns já adotaram o ponto como privativo. A cena de calçadas e praças apinhadas de ambulantes é cada vez mais comum no centro de Paulo Afonso. É gente empurrada para a informalidade pela crise, que se junta e transformam as calçadas em verdadeiro mercado ao ar livre.
Com a fiscalização falha, vende-se de tudo um pouco, de material de limpeza a falsificações de marcas esportivas, churrasco de gato, xerém com galinha, pastéis, coxinhas e sucos, Cds, produtos de petshop e óculos de grau. Na lista também estão segmentos como o de bijuterias, e o de artigos de bazar.
Para o comércio formal, o setor de vestuário, é um dos mais prejudicados pela concorrência com os camelôs, afirma um comerciante da Avenida Getúlio Vargas.
No centro, é nas Avenidas Landulfo Alves, Otaviano Leandro de Moraes e Avenida Getúlio que os camelôs são mais numerosos. Por enquanto, em nenhuma dessas ruas os camelôs têm sido incomodados.