A adoção ao sistema em lista fechada, no qual o eleitor vota no partido e não no candidato, causa divergências entre os deputados baianos. Um dos primeiros a defender publicamente o modelo foi o presidente da Comissão Especial da Reforma Política, Lúcio Vieira Lima (PMDB), que refutou a tese de que a lista fechada poderia camuflar políticos envolvidos em casos de corrupção.
O deputado José Carlos Aleluia (DEM) não quis se posicionar, mas se disse favorável a mudanças. “O atual sistema eleitoral está esgotado. Isso é uma unanimidade. As divergências são infinitas quanto aos caminhos novos”, ponderou. Seu colega de bancada, Elmar Nascimento (DEM), declarou apoio à proposta em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
Questionado, Benito Gama (PTB) não se aprofundou no assunto, mas deixou claro o seu posicionamento pelo voto distrital, que é quando o candidato se elege individualmente pela maioria simples dos votos. “O projeto [de lista fechada] é bom, mas não é o momento certo. Os partidos não estão organizados para isso”, acredita.
Quem também se mostrou contrário à proposta foi Targino Machado (PPS). Na avaliação do parlamentar, a lista fechada é a opção que a “bandidagem quer aprovar”. “Imaginem, por exemplo, o PMDB do Rio de Janeiro. A lista já está fechada: Eduardo Cunha, Rodrigo Maia e até Moreira Franco que, mesmo sem votos, vão querer ser candidatos porque podem ser candidatos e serão eleitos nessa lista fechada, que é uma imoralidade. O que iremos esperar dessa classe política, dessa Câmara Federal? Se gritar pega ladrão, não fica um”, questionou.