Política

Paulo Afonso - Bahia - 24/08/2016

O sorriso tardio de Dilma

Samuel Celestino
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Começa amanhã (25), como é do conhecimento, o início do processo do afastamento em definitivo de Dilma Rousseff em impeachment que certamente será aprovado pelo Senado. Ontem, com 14 votos contra apenas dois, a direção do PT recusou a história do plebiscito engendrada pela presidente afastada, que somente ela imaginava que teria sucesso, entre outras razões por necessitar de uma mudança na carta constitucional. A decisão do partido voltou-se exatamente para esta impossibilidade que morre definitivamente. Chama-se atenção para uma mudança que ocorreu com Dilma neste período em que foi afastada da presidência para dar lugar a Michel Temer. Nestes três últimos meses que chegarão ao fim provavelmente na próxima segunda-feira, houve uma mudança qualitativa em relação a ela: passou a sorrir em público, o que não ocorria quando ocupava a Presidência da República. Sempre surgia com a cara amarrada e tratava os funcionários do Palácio do Planalto com desdém, senão de forma grosseira. Assim ocorria também com os parlamentares da Câmara e do Senado que raramente os atendia em audiência, além de poucas vezes se reunir com seus ministros, a não ser os chamados “da casa”. Reuniões ministeriais nem pensar. É muitíssimo provável que este fator (excluindo a briga com Eduardo Cunha) tenha sido uma das razões que levaram os parlamentares a votar pelo seu impeachment. Pode ter sido uma lição para Dilma, mas agora a Inês é morta. Assim ela perdeu tempo e o seu sorriso de agora já não tem significado.    


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