Opinião

Paulo Afonso - Bahia - 11/01/2020

De quem é a culpa?

Por Geraldo Alves
Foto: reprodução

Nas duas últimas décadas com a acessão de forças políticas populares tivemos a oportunidade de exercer com maior “liberdade” os princípios democráticos. A presença popular na definição de prioridades embora que parcialmente, tornou possível um verdadeiro revés na divisão de investimentos públicos. Guardadas as devidas proporções, nós não podemos negar que a interrupção abrupta com a chegada do atual governo que tem como premissa a promoção da violência sem perspectiva de dialogo e sem falar nas constantes decretações de sigilos.

Em nossas andanças no campo democrático e popular vivenciamos momentos ímpares dos quais muito me orgulho. Ao fazer uma introspecção quando do processo para definição do local de instalação do Instituto Federal da Bahia – IFBA na série de audiências publicas sediadas no auditório do Centro Educacional Municipal de Paulo Afonso (CEMPA).

Durante a gestão do então prefeito Raimundo Caíres e da então reitora Aurina Oliveira. No campo das proposituras nossa defesa solitária seria de que fosse estrategicamente no complexo de bairros Tancredo Neves – BTN (Mulungu). Porém, fui “voto vencido” e embora ainda tenha requerido o direito de apresentar uma defesa oral elencando rapidamente as razões pelas quais mereceríamos “atenção”, o gestor municipal não demonstrou ter gostado da interferência. Por sua vez, a magnifica reitora professora Aurina disse: “Meu jovem, o seu direito a defesa está assegurado”. Pois bem aquele episódio marcou minha vida e mesmo não tendo logrado êxito no pleito em questão. Ficou muito claro para mim que por mais que digam NÃO, jamais devemos desistir das nossas lutas.

Com essa nova conjuntura politica de alianças espúrias que hora se apresenta rumo à sucessão de um projeto de poder pelo poder. Sinto-me na obrigação de lutar no campo das ideias e com a coragem que sempre tive de não permitir apenas uma versão da história da qual fiz e faço parte enquanto sujeito. Às vezes o silêncio incomoda muito mais, no entanto, enquanto ativista político, social, comunicador popular jamais ficarei alheio aos interesses coletivos. Se for pra ir a luta justa, por favor, me chame que eu também vou.


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