Opinião

Paulo Afonso- Bahia - 21/03/2018

Cuidar do esgoto é cuidar da água

@geraldo_ba_alves_13
Foto: reprodução
Geraldo Alves
Geraldo Alves

 Analisando friamente o imbróglio sob a renovação da concessão para a Empresa Baiana de Saneamento Básico – EMBASA, vejo que falta uma proposta clara por parte dos contrários. Desde o início dessa cobrança da taxa de 80% do consumo de água para o tratamento do esgoto, me posicionei contrário. Isso não significa dizer que os serviços prestados pela empresa (EMBASA) não seja de qualidade, ou que não mereçam uma avaliação permanente.

 

Por outro lado, vejo um parlamento distante do povo que não apresenta uma alternativa de diálogo que possibilite uma proposição plausível de convivência pautada no cumprimento das leis federal e estadual de saneamento básico. Sabemos que existe um viés “eleitoreiro” por trás de tudo isso, mais enquanto o impasse persiste a comunidade continua sendo tarifada em seu consumo mensal. O funcionamento de uma empresa por falta de renovação de concessão é também um dano gravíssimo que recai sob a responsabilidade de um parlamento inerte.

 

Nos últimos dias nosso balneário prainha estampou manchetes por conta da invasão de baronesas. Aí pergunto. Cadê a comissão de meio ambiente da casa das leis? Por onde anda a unanimidade parlamentar que tentou as pressas emendar a lei orgânica municipal e o regimento interno da casa? Aí cabe também emendar. Será que as questões que envolvem a pauta ambiental local não são de relevância para os nobres parlamentares? Algum dos nobres edis realmente tem noção da importância do tratamento de resíduos?

 

O despreparo é tremendo por parte de ocupantes de mandatos parlamentar em nossa querida Paulo Afonso, falta dialogo com a comunidade e coragem para propor audiências publica e debater com maturidade as questões realmente importantes para o bom andamento da sociedade.

 

Além de termos um ministério público ambiental eficiente, a parte de controle social ambiental que tem como instância o conselho municipal do Meio Ambiente também conta com um quadro de técnicos e militantes ambientais extremamente comprometidos. Ou seja, é preciso debater com maturidade e compor um argumento sustentável.

 

Não basta ser contra a EMBASA, pois sou contra a cobrança da taxa de 80%. Mais entendo que é preciso dialogar e propor medidas que desonere o/a consumidor/a de baixa renda e os/as de maior poder econômico assumam o ônus.

 

Neste dia 22 de Março, Dia Mundial da água é preciso de forma mesmo que simbólica darmos um aceno em favor do uso consciente e da necessidade de cuidarmos de nosso precioso líquido. Chega de querelas politiqueiras o parlamento municipal precisa encarar com seriedade o debate e apresentar propostas exequíveis.

 


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