É inegável que a nova composição da Câmara de Paulo Afonso, para 2021, ajudou e muito a próxima gestão do prefeito reeleito Luiz de Deus (PSD). Com a base renovada, formada por maioria de vereadores eleitos ligados ao prefeito, o Legislativo poderá aprovar de tudo a favor do governo municipal, de altos empréstimos a aumento de impostos através do Código Tributário.
Com maioria de vereadores sob o domínio da administração Luiz de Deus, no tomá-la-dá-cá de cargos e vantagens, vereadores governistas terão de optar entre os cargos empregados na prefeitura para correligionários e o desgaste de projetos de lei governista.
Mas não é só isso que os vereadores da base terão que encarar, eles enfrentarão uma pequena minoria de vereadores de oposição, formando por políticos em tese relativamente inexperientes, porém, bem assessorados. A oposição poderá dominar os debates e deixar os vereadores governistas sem argumentos em defesa do prefeito e sua administração.
E tem mais, o prefeito Luiz de Deus, terá que ter habilidade de fazer o novo presidente da Câmara, se tentar impor um membro que não seja consensual sua base de apoio poderá implodir e, por consequência, aumentar a fileira opositora na Câmara.
Mas há outro problema além da disputa pela presidência da Câmara de Paulo Afonso, o prefeito, terá que fazer arranjos de cargos para vereadores em meio à tentativa de enxugamento das folhas de pagamentos da Prefeitura. O prefeito será obrigado a conter a sede dos vereadores por cargos em sua gestão.
Na busca por uma cadeira na Câmara de Paulo Afonso, a maioria esmagadora de vereadores eleitos prometeram empregos a seus correligionários e eleitores na Prefeitura. Com a demanda de vaga por emprego no poder público limitado, a base governista poderá ser desidratada no Parlamento Municipal. Fato, que levaria vereadores a engrossar o coro opositor.
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