Economia

Paulo Afonso (BA) - 10/05/2011

Moto Energia e transporte coletivo: usuários são penalizados por empresas

Bob Charles
Antonio Francisco

Confirmando o que já se esperava, o último fim de semana em Paulo Afonso foi marcado pela presença de mais de seis mil visitantes de várias regiões do país, que aqui estiveram por ocasião da realização do Moto Energia 2011, evento anual promovido pelo Moto Clube Cavalo Doido com o apoio da Prefeitura, através da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte. Durante os dois dias da festa, que segundo os organizadores já está entre os grandes eventos motociclísticos nacionais, as belas e potentes máquinas de duas e de três rodas invadiram as ruas da cidade, encantando os apaixonados pelo motociclismo e movimentando o comércio, que teve um faturamento extra de cerca de três milhões de reais.

Mas para alguns pauloafonsinos os resultados não foram tão positivos como esperavam. As responsáveis pela frustração, segundo eles, foram as duas empresas concessionárias do transporte coletivo (Vitran e Aratu) que atuam na cidade e se superaram na falta de respeito, penalizando seus usuários com até uma hora e meia nos pontos, que, diga-se de passagem, não oferecem o mínimo de conforto, pois não abrigam do sol e muito menos da chuva. "Pensei que nesse fim de semana, por causa da festa, ia ter mais ônibus rodando, mas foi o contrário; os ônibus sumiram", observou seu Agenor, morador do BTN 2, depois de passar 45 minutos no ponto com a esposa e seus dois filhos, à espera do velho e mal iluminado "buzão" que os levaria até o ponto mais próximo do local do evento, distante cerca de 1 quilômetro.

A saga da família do Seu Agenor, apesar de cansativa e revoltante, não se compara ao desrespeito sofrido constantemente pelos idosos e deficientes físicos, que todos os dias têm o seu direito de passe livre negado por motoristas que os impedem de embarcar, mesmo que estes apresentem a carteirinha fornecida pela Prefeitura, justificando que a cota destinada a passageiros especiais está esgotada e os aconselhando a esperar o próximo ônibus, quando certamente ouvirão a mesma frase dita pelo obediente funcionário, que embora com o coração partido por se sentir participante de um ato de injustiça, não deseja engrossar a extensa lista de desempregados brasileiros.


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