Opinião

Paulo Afonso - 14/02/2010

O quebra-cabeça político

Assessoria Parlamentar
Divulgação
vereador Daniel Luiz (PSDB)
vereador Daniel Luiz (PSDB)

A pergunta que mais me fazem ultimamente é se serei candidato a deputado estadual.  Esta resposta não pode se limitar a um simples sim ou não. Para respondê-la, começo dizendo, como sempre, que meu nome está à disposição do meu partido e das oposições em geral. Não sou e nem posso ser candidato de mim mesmo. Candidatura tem a ver com projeto político-partidário, e este, por natureza, tem apelo coletivo. Candidatura  não  deve resultar de aspiração pessoal, e sim de disposição pessoal. Nesse campo sinto-me como uma peça a mais em um quebra-cabeça político. Preciso perceber que me encaixo em algo que, ao final da montagem, faça algum sentido não só para mim, como para o grupamento político ao qual pertenço, para o município e para a população. Se tal não ocorrer, as postulações pessoais não se sustentam.  No plano pessoal, sinto-me motivado pela aprovação da parcela da população que acompanha meu trabalho, notadamente daqueles que acompanham através de parte da imprensa.  Ocorre que por estar alijado de grande parte da mídia, por imposição e intolerância do grupo político ora no poder, minha atuação parlamentar passa despercebida de boa parcela da população pauloafonsina. Mas não ao ponto de não poder suprir-se a lacuna ao longo da campanha política, principalmente através do horário eleitoral gratuito. Por estar fora de grande parte da mídia local, o acompanhamento do meu mandato é falho, inclusive, por parte de muitos parceiros que militam na política dentro das oposições. Tal fato talvez esteja na origem da ausência de referência ao meu nome por parte de colegas da oposição, quando se cogita a minha candidatura a Assembléia Legislativa.Mas saindo do plano pessoal, preocupa-me sobremodo a escassa compreensão do conjunto das oposições acerca de como devemos nos organizar para as próximas eleições. O quadro de indefinições presentemente oferecido pelas oposições em PA pode levar a população a eliminar possibilidades e adiar a realização de seu propósito de promover a alternância de poder, para a qual ultimamente ela já sinaliza. Para reverter essa tendência, precisamos oferecer ao eleitorado, logo mais, um quadro definido e definitivo de candidaturas e dizer claramente a que propósito elas estão postas. A ação dos nossos deputados na Assembléia do estado impõe a necessidade de uma grande avaliação. Afinal, a população deseja a permanência dos que aí estão com seus erros e acertos, ou pretende vincular-se a outro projeto, a novos objetivos? Se a resposta for pela mudança, precisamos identificar as principais aspirações dos nossos conterrâneos e comprometer nossos candidatos com esse novo projeto.Fora isso, estaremos brincando de fazer política, brincando com coisa séria. Nesse contexto, por exemplo, não há espaço para mais candidaturas de oposição a AL. Se os que estão ai fossem bons não teríamos tantas novas candidaturas como as que ai estão postas dentre as quais me incluo. Temos que nos convencer que a próxima eleição terá que ser plebiscitária. Além disso, como há 63 vagas para a Assembléia Legislativa do estado da Bahia, não há porque concorrermos com apenas dois candidatos em nível local. Se tal vier a ocorrer, estaremos passando à população a idéia de que nos julgamos fracos e impossibilitados de alcançar conquistas maiores. Precisamos, ainda, conquistar o maior número de cadeiras tanto para a Câmara dos Deputados como para a Assembléia Legislativa. São estas as variáveis que condicionam uma candidatura minha à Assembléia do Estado.  Espero que sejamos inoculados de grandes doses de humildade e desprendimento capazes de nos permitir ter a melhor visão e a melhor participação no processo. Do contrário,.....


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