Economia

Paulo Afonso <>Bahia - 02/09/2013

Chesf investiu apenas 33% do previsto para 2013

PE 247
Divulgação

Dos R$ 2 bilhões previstos para investimentos em 2013 pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), apenas R$ 651,1 milhões foram efetivamente empregados até o mês de julho. O montante equivale a apenas 33% do total autorizado para gastos do gênero com as 15 iniciativas da empresa no setor elétrico de todo o Nordeste, com exceção do Maranhão. O Ministério das Minas e Energia, porém, descarta que o baixo volume de investimentos tenha alguma ligação com o apagão registrado na última quarta-feira (28) e que acabou por afetar todos os estados do Nordeste.

Segundo informações do site Contas Abertas, apenas um dos projetos, intitulado “Manutenção e Adequação de Bens imóveis” recebeu mais de 50% dos investimentos previstos para o ano. Já o maior projeto da Chesf, a “Ampliação do Sistema de Transmissão de Energia Elétrica na Região Nordeste”, recebeu apenas 30% do valor previsto. Dos R$ 658,8 milhões reservados para rubrica, apenas R$ 197 milhões foram utilizados.

A iniciativa “Manutenção no Sistema de Transmissão de Energia Elétrica na Região Nordeste” recebeu apenas R$ 88,5 milhões dos R$ 351,2 milhões previstos. O montante corresponde a 25% do autorizado no início deste exercício. Já os recursos destinados a “Manutenção e Adequação de Bens Móveis, Veículos, Máquinas e Equipamentos” recebeu somente R$ 2,4 milhões dos R$ 36,1 autorizados, totalizando 7% do previsto.

Já as obras de “Implantação do Projeto Solar para Geração de Energia Elétrica a Partir de Painéis Fotovoltálticos” (R$ 2,8 milhões), “Implantação de Parques Eólicos de Geração de Energia Elétrica na Região do Nordeste (R$ 1 milhão), “Ampliação do Sistema de Geração de Energia Elétrica da Região Nordeste (R$ 1 milhão) e “Ampliação da Capacidade de Geração da Usina Hidroelétrica Luiz Gonzaga” (R$ 1milhão) somam R$ 5,8 milhões de reais autorizados, mas não tiveram nenhum investimento liberado em 2013.

Percentualmente, entre 2000 e 2012, o ano de menor investimento da Chesf foi 2002, quando 52,9% dos investimentos previstos foram desembolsados. Já o melhor desempenho aconteceu em 2004, quando 88% do programado foi aplicado. Nos últimos quatro anos, a média de investimentos  feitos pela companhia para suas iniciativas tem ficado em uma média de 75% do previsto.

De acordo com a Eletrobras, os motivos do atraso nos investimentos variam desde a demora para a contratação de trabalhadores qualificados para a execução do serviço, retrabalho necessário devido à fiscalização, atraso na entrega de materiais, entre outros pontos. Ainda segundo a empresa, a maior aplicação de investimentos sempre acontece no segundo semestre do ano. O ritmo da liberação dos investimentos também varia, dependendo do tempo de liberação de licenças ambientais e de fatores de natureza interna, como o atraso de entrega por parte de fornecedores e eventuais demoras em processos licitatórios, por exemplos.

Segundo o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, o apagão da última quarta-feira (28) não teve relação com os baixos investimentos feitos pela empresa, mas com uma queimada na Fazenda Santa Clara, na cidade do Canto de Buriti, no Piauí.

 


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