Algumas famílias que residem no bairro Tancredo Neves, migraram para a área turística do Touro e a Sucuri, região em que pelo menos nos dois últimos meses do ano é possível encontrar na algaroba uma forte alternativa para lidar com a longa estiagem e para complemento de renda. Entretanto, grande parte da população do semiárido desconhece as potencialidades da planta para a garantia de sustentabilidade na região. Rica em potenciais agrícolas, a leguminosa tida - como árvore não bem-vinda em algumas regiões - é explorada e cultivada racionalmente por pequenos agricultores em Paulo Afonso, Glória, Rodelas, Jeremoabo e Santa Brígida. O cultivo racional da árvore, que virou ouro na região de Paulo Afonso para criadores de gado é feito em parceria, com famílias, entre elas a de seu Manoel Bezerra da Silva , 68 anos. O agricultor é ajudando pela esposa e a neta no cultivo da vagem. Ele conta que atualmente uma saca do produto custa em média R$ 15 reais. "Nos meses de colheita, novembro e dezembro, eu arrasto quase R$ 1.500,00 com o cultivo da vagem", conta. Depois é só desmontar o barraco e voltar pra casa. Seu Manoel está no ramo de cultivo de algaroba há 18 anos e comemora os avanços, que para ele representa fonte de renda para a família.