PAULO AFONSO– De saída, que se diga: não é uma questão de má vontade com a gestão municipal, é apenas um diagnóstico inescapável: sob a mão de Marcondes Francisco (sem partido) não houve avanço num ponto nevrálgico para gerar tração econômica que é o planejamento dos eventos festivos.
É constrangedor, mas realista. O comerciante do município de Paulo Afonso maior economicamente e cidade polo, se arranja a depender do desempenho das prefeituras de Glória e Jeremoabo – que, felizmente, ao contrário do que ocorre aqui – se planejem e permitem ao empreendedor regional ambicionar vendas e segurar a onda até as datas decisivas como o Dia das Mães, dos namorados e Natal. Paulo Afonso não faz a menor ideia do que seja isso.
Mais cedo no Programa Serão News, da Rádio Delmiro FM, sob o comando do jornalista Tiago Santos, a empreendedora Jaciede Rodrigues, dona de uma loja no BTN, explicou suas tácticas para lucrar no período junino, maior atração do Nordeste, esquecendo-se que Paulo Afonso existe: “Nós já sofremos muito, tivemos prejuízos com a Copa Vela que não ocorreu em 2022; São João e São Pedro eu vendi mais para as festividades de Glória do que propriamente para os daqui. É uma situação difícil sem calendário de eventos e sem programação prévia. Meus parceiros [comercias] sentem e me questionam: ‘Jaci, o que está acontecendo que a gente vende cada vez menos em Paulo Afonso estão’, é uma cadeia na qual todos sentimos.”
“Fazemos fé nos lugares circunvizinhos”, prossegue Jaci: “A perspectiva que ouvimos dos amigos é: ‘vamos para Delmiro no São Pedro, Jeremoabo e Glória’, então a gente fica cada vez mais acreditando na potência dos municípios vizinhos que podem nos ajudar diretamente.”
Eis a verdade sem qualquer inclinação política.
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