Política

Paulo Afonso - Bahia - 17/09/2020

Servidora do Lacen de Paulo Afonso denuncia corte no pagamento da gratificação de 30% de profissionais da linha de frente

Por Luiz Brito
Foto: Luiz Brito
Trabalhadores também denunciam condições precárias de trabalho
Trabalhadores também denunciam condições precárias de trabalho

“É muito serviço e não pagam o correto. Nós que trabalhamos na pandemia deveríamos ganhar a gratificação dos 30%, mas eu nunca recebi. Outras meninas que trabalham comigo recebiam, mas foi cortado”, O relato é de uma servidora do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), órgão ligado à Prefeitura de Paulo Afonso, que com medo de perseguição, prefere não se identificar. Ela denuncia que a gratificação de 30% incorporada ao salário dos trabalhadores que atuam na linha de frente foi cortada.

A gratificação extra que a servidora denuncia faz parte do Projeto de Lei do Executivo que foi aprovada no dia 09 de junho na Câmara Municipal de Paulo Afonso durante sessão ordinária. Ficou autorizado o pagamento de gratificação salarial aos servidores municipais que atuam na linha de frente do combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A remuneração extra estipula o pagamento de gratificação de 30% (trinta por cento) sobre o salário base aos servidores públicos da Secretaria da Saúde e de outras pastas que atuam na prestação de serviços essenciais de combate à Covid-19 durante o período em que vigorar a pandemia.

Enquanto quem está na luta diária para salvar vidas não recebe o que é seu por direito, o benefício vai para servidores que não estão na linha de frente, como é o caso de advogados do setor jurídico da Prefeitura Municipal de Paulo Afonso. Isso só reforça a ideia de que a pandemia não está sendo tratada como uma prioridade pela atual gestão.

Ainda segundo a servidora: “Falta tudo, trabalhamos em condições precárias. Falta até material de limpeza como água sanitária. São 06 garrafões para passar o mês, isso para dividir para a limpeza e esterilização dos materiais”, conta.

Como se não bastassem às queixas, a servidora relata que os funcionários são obrigados a trabalhar nos feriados e durante o fim de semana sem receber. “Merecíamos receber bem. A gente se desloca todos os feriados e fim de semana sem receber nenhum centavo a mais. Eu acho um absurdo”.

Paralização das atividades

 No último dia 31 de agosto, servidores do Lacen paralisaram as atividades. Eles reivindicaram melhores condições de trabalho, os 30% destinados às pessoas que estão diretamente na linha de frente da COVID-19 e diminuição de carga horária.

LACEN

Sobre as denúncias da servidora, procuramos a gerente do Lacen, Shirley Moraes, mas ela não nos recebeu.


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