Seria cômico, se não fosse trágico, mas a imprensa pauloafonsina vem dando um péssimo exemplo aos ouvintes, leitores e espectadores em geral com uma desenfreada “guerra” que está acontecendo nas publicações, nos programas de rádio e nas redes sociais entre os que fazem a indústria e o mercado jornalístico em nossa cidade.
Ataques pessoais viraram hábito de alguns, e dentro da clássica linha de que toda ação gera uma reação, o troco sempre vem, muitas vezes em volume maior que a provocação, criando um vai e vem de ofensas e até xingamentos que desvirtuam totalmente a razão de ser e existir dos veículos de comunicação.
Muitas destas querelas nasceram por questões pessoais, mágoas e desilusões entre colegas que não mais trabalham juntos, porém, o principal motivo dos sucessivos desentendimentos são as eleições 2020, e a defesa ou o ataque gerado pelas notícias aos pré-candidatos é o principal estopim de situações que vão desde invasões a estúdios até ações judiciais, passando pela novidade que é a notícia relâmpago, quando alguns colegas pegam tão pesado na crítica a outros, que rapidamente após o aconselhamento de alguma boa alma, retiram do ar o texto ofensivo como forma de tentar dirimir os impactos no grande público causados pela publicação.
A coluna, longe de tentar se colocar distante do problema, pois o fenômeno vem atingindo a praticamente todos, deixa a dica de que os falantes e escribas, para noticiarem, ainda que a informação tenha relação ou seja resposta a uma notícia anterior, não precisam criticar o crítico, não há necessidade sequer de citar o veículo que porventura publicou a notícia originária, basta dar o recado que se propõe esclarecendo o cidadão quanto aos fatos já que esse é o principal papel dos meios de comunicação.
O jornalista que apenas se atém a narrar fatos e criticar dentro de limites éticos, ele não quer guerra com ninguém. Torço para que assim seja.