Enquanto os parlamentares defendiam suas teses, sentada, a vereadora Irmã Leda (PDT) era pressionada o tempo todo a mudar o voto e aprovar as contas do ex-prefeito Anilton Bastos (Podemos).
Leda disse que os colegas apelaram até para Deus, dando a entender que o Nosso Senhor estava com o ex-prefeito. "Vou ao culto todos os dias logo cedo, Deus é sempre o primeiro que eu consulto", respondeu. A vereadora quis manter o suspense e levantou por último.
Na saída do Parlamento, com os assessores, Leda explicou que quanto mais era pressionada, tanto mais tinha certeza que deveria reprovar: "O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) fez a notificação e o ex-gestor teve muito tempo para fazer as devidas prestações de contas e cobrar a retificação ao órgão, infelizmente ele não apresentou" justificou.
Leda disse ainda que, a política e os políticos ficam desacreditados quando não trabalham com transparência. "Eu não consulto meus filhos que são advogados, nem marido, eu estudo e fui pesquisar, sou quieta e boca calada como eles dizem, mas fiz justiça, pedi a Deus discernimento e sabedoria."
"Desde pequenininha que eu sou determinada, não tem esse negócio de pressão comigo não", finalizou.