Depois da distribuição de cestas básicas, pagamento de água e esgoto, luz, telefone, óculos e até botijão de gás, comuns em eleições anteriores, alguns candidatos que ainda insistem nesse tipo de política assistencialista se ajustaram aos novos tempos. Entre as práticas, uma chama a atenção: serviços de consulta com dentista e tratamento odontológico.
Um pré-candidato a deputado Estadual por Paulo Afonso, está agindo justamente assim em conluio com um médico igualmente pré-candidato em Petrolândia (PE).
A prática do assistencialismo configura crime de abuso do poder econômico, e o candidato pode ter sua candidatura até cassada, mesmo se for eleito. A troca de coisas pelo voto é antiga. É evidente que alguns eleitores entendem ser bom negócio essa troca.
Infelizmente, nesse caso, ele não acredita que haja políticas para melhorias, a médio e a longo prazo, da saúde e do transporte, por exemplo. Acaba aceitando práticas imediatas, que são proibidas por lei e não pensam na coletividade.
O eleitor que age assim pensa que é melhor ganhar alguma coisa, porque, depois, não farão nada por ele. É a ideia da desesperança pela política. Do ponto de vista da democracia, ele não qualifica, não renova. Esse eleitor está alimentando esse ciclo vicioso e atrasado.