Política

Paulo Afonso - Bahia - 06/08/2022

Eleições presidenciais – desafio para formar alianças e mudar a política

Por: Fábio Almeida
Foto: Reprodução

Com a definição dos candidatos pelos partidos políticos e pelas federações durante as convenções, restou evidente que a política cada dia mais surpreende devido a sua complexidade. A dificuldade de unir propostas, manter os ideais e princípios partidários, bem como conciliar interesses divergentes. Fazer política, para poucos, é uma vocação; para outros, persistência; e para muitos, uma utopia.

Os dois candidatos, à frente nas pesquisas, ao Palácio do Planalto, estão decididos em manter a polarização, estratégia que os beneficia, pois neutraliza outros candidatos viáveis e canaliza os apoios das minorias a um deles. Para alguns, a união serve para fugir da continuidade do desastre que vem sendo esse governo na economia e nas políticas sociais; para outros, evitar o retorno de um governo corrupto e demagogo. Essas manobras fragilizam a oposição e a verdadeira mudança.

 Essa polarização incita o ódio e a permanência de uma política econômica equivocada que elevou as taxas de juros de mercado, fechou indústrias e empresas, aumentou a informalidade e impede o crescimento do país, estagnado desde 2002, final do governo Fernando Henrique Cardoso-PSDB. Além disso, retira dos brasileiros a esperança de mudança na governança política, assentada no “toma lá dá cá”, impedindo a implantação de políticas públicas que beneficiem as classes menos favorecidas.

Em oposição ao continuísmo, tentou-se criar uma alternativa aos dois primeiros candidatos, chamando-a de terceira via, mas a divergência de ideologia e de interesses frustrou essa união mais ampla, resumindo-se aos partidos da coligação que lançou Simone Tebet-MDB, com apenas 3% nas pesquisas eleitorais.

Correndo por fora o candidato Ciro Gomes-PDT ficou isolado pelo PT, frustrando a união dele com os partidos de esquerda e centro-esquerda e sem a adesão de outros partidos contrários à polarização devido à divergência de propostas de governo.  Mesmo sozinho Ciro Gomes tem 9% das intenções de voto, com menor rejeição. Ele é o candidato que apresenta como alternativa com maiores chances de romper a polarização e mudar a política.

Na militância de Ciro Gomes-PDT há críticas à falta de alianças do PDT com outros partidos para melhorar o repasse do fundo partidário e o tempo de propaganda eleitoral, todavia, me filio a corrente do partido que estar feliz com a escolha de uma candidata a vice-presidente do própriopartido, Ana Paula Matos-PDT, pois preserva a integridade de suas ideologias e não se rende as negociatas espúrias para chegar ao poder. Ciro preferiu manter-se fiel ao seu Projeto Nacional de Desenvolvimento e ter uma chapa “puro sangue”, decisão coerente com suas propostas.

 


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