Política

Paulo Afonso - Bahia - 23/01/2021

Epidauro Pamplona entrevista Dr. Luiz Neto ( parte 1)

Epidauro Pamplona
Foto: Divulgação
Vale lembrar que o STF está em recesso e até o meio do ano passado, o a
Vale lembrar que o STF está em recesso e até o meio do ano passado, o a

Advogado, militante político desde os tempos estudantis, o renomado causídico conversou com este escrevinhador, Epidauro Pamplona, e fez um relato da atual situação política, social e econômica do município e o que verificou in loco na sua peregrinação em busca do voto no campo e na cidade, (urbi et orbi).

-Luiz Neto, como está o trinômio político/social/econômico em Paulo Afonso, na sua visão?

-Professor, o resultado das urnas mostrou que a população, que abrange o todo de um povo, não está satisfeita com o modelo de gestão aplicada há quase trinta anos por uma clara oligarquia que se alterna no poder sem resultados plausíveis que atenuem o desemprego crescente, minimizem os males da Saúde e que não tem projetos nem ideias para o aproveitamento das águas do “Velho Chico” e dos recursos turísticos naturais e artificiais do município, e que não conseguiu, ainda, cooptar ou trazer formalmente a iniciativa privada para absorver os recursos humanos capacitados ou não para produção de emprego e renda na cidade e na área rural.

Nas caminhadas de campanha, apesar dos cuidados com a pandemia, percebi que o tecido social humano está se transformando em molambo, no comparado, haja vista a carência na saúde, onde, na área rural, uma ambulância atende quatro ou cinco povoados, além de transportar pacientes renais para diálises. Verifiquei que a fome, a pobreza e a ignorância são encontradas no centro, na periferia e no campo onde o ócio, as drogas e a prostituição estão espraiados. Constatei que as pessoas são reféns do carro-pipa morando em alguns povoados a poucos quilômetros do rio São Francisco, e várias escolas rurais, por percalços da Lei, tem salas “multiseriadas” onde professoras tentam educar, ao mesmo tempo, alunos do primeiro ao último ano do ensino fundamental. Creio que isto é uma tarefa hercúlea e impossível, uma verdadeira “torre de babel” de discentes dos nossos dias.

-Como o senhor analisa a assunção do Hospital Nair Alves de Souza pela Prefeitura Municipal de Paulo Afonso?

-A questão da Saúde Pública em Paulo Afonso é como se existisse uma “caixa-preta” e ninguém sabe o que acontece dentro. Por exemplo, a Prefeitura puxou para si a manutenção e funcionamento do Nair, apesar de manter o Hospital do grande BTN, imagine caro professor, que não tínhamos saúde de qualidade quando a CHESF com toda sua opulência administrava, agora a tendência é piorar porque o município não tem receita suficiente para suprir a demanda imensurável de um centro de saúde que atende há muito tempo também cidades circunvizinhas dos quatro estados fronteiriços. Aonde as pessoas da Administração Municipal da época que fizeram este acordo questionável, no mínimo, estavam com suas cabeças? A CHESF, recentemente, teve um superávit de 1,5 bilhão de reais. Não poderia arcar com 50 milhões de reais anuais para continuar mantendo o imprescindível Hospital Nair Alves de Souza?

-É “cultura” brasileira ao terminar uma campanha política começar os preparativos para a próxima. Seu partido, o Solidariedade, já definiu seus candidatos para 2022?

-Na verdade, ainda não sentamos para analisar esta possibilidade indeclinável. Teremos sim candidatos para a Assembleia Legislativa, Câmara dos deputados, Senado federal, e, quiçá, presidência da República. Não descartamos uma dobradinha, “prata da casa”, Mário Galinho para deputado federal e Dr. Luiz Neto, estadual, ou, “pelo andar da carruagem”, posições invertidas para às duas casas legislativas. O tempo, senhor da razão, responderá sua perspicaz e oportuna pergunta.   

 

(Leia, por favor, na parte II, a continuação desta entrevista). Obrigado!


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