Política

Paulo Afonso - Bahia - 01/05/2019

Lei altera limites de 48 municípios da Bahia

Mário Bittencourt - Correio da Bahia
(foto: divulgação)
Deputados debatem mudanças de divisas municipais na Comissão Especial de Assuntos Territoriais da
Deputados debatem mudanças de divisas municipais na Comissão Especial de Assuntos Territoriais da

O governo da Bahia publicou ontem, no Diário Oficial do Estado, quatro leis que alteram os limites territoriais de 48 municípios localizados nas regiões Norte, Nordeste e Sudoeste do estado. Na prática, porém, ninguém perdeu território. O que ocorre é a regularização de áreas urbanas e rurais que já vinham sendo administradas pelas prefeituras, mesmo essas áreas pertencendo a outros municípios que praticamente deixaram essas localidades abandonadas.

Os estudos para que ocorressem as atualizações foram realizados em parcerias pelas próprias prefeituras, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Superintendência de Estudos Econômicas e Sociais da Bahia (SEI). A sanção das leis permitirá que municípios aumentem em população, no entanto, os órgãos acima não estimaram quanto a população de cada cidade deve crescer, consultados pela reportagem, apenas deram a certeza de que haverá aumento no número de habitantes, o que irá interferir diretamente nos repasses federais a título de  Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

O FPM é um repasse da União a municípios brasileiros. Ele é composto de 22,5% da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A distribuição dos recursos aos municípios é feita de acordo com o número de habitantes, onde são fixadas faixas populacionais, cabendo a cada uma delas um coeficiente individual. 

Incremento

Mesmo sem dados populacionais futuros, a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), onde as leis sancionadas foram aprovadas anteontem, e a União dos Municípios da Bahia (UPB) estima que a atualização nos limites territoriais proporcionará incremento de mais de R$ 150 milhões do FPM ao estado da Bahia.

Ontem, era o último dia de prazo para que as leis do tipo pudessem ser sancionadas para entrar na contagem populacional que será realizada pelo IBGE em 2020. Assim, a mudança no FPM valerá só a partir de 2021. 

Presidente da Assembleia, o deputado estadual Nelson Leal (PP) disse que a aprovação dos projetos de lei só se deu no prazo-limite para serem incluídos no censo de 2020 do IBGE porque “foi uma negociação difícil, complexa, que envolveu prefeitos e presidentes de Câmaras de 103 municípios baianos”. 
“Negociar a alteração nas divisas de 48 municípios não é tarefa simples. Foi um trabalho exaustivo, mas com êxito”, declarou. “Os projetos de lei são importantíssimos para esses municípios porque são condicionantes para que cidades baianas recebam o FPM”, completou.

Para Leal, a votação por unanimidade, apenas com abstenção do deputado estadual Hilton Coelho (Psol), “foi histórica e contou com o trabalho e o empenho dos líderes do governo e da oposição e, especialmente, dos deputados integrantes da Comissão Especial de Assuntos Territoriais e Emancipação”.

Municípios que terão seus limites alterados

Cícero Dantas | Coronel João Sá   |  Jeremoabo |  Nova Soure |  Novo Triunfo | Paripiranga |  Pedro Alexandre | Ribeira do Amparo|   Ribeira do Pombal | Santa Brígida  |  Sítio do Quinto | Campo Alegre de Lourdes  |  Casa Nova | Curaçá   |  Juazeiro | Pilão Arcado  |  Remanso |Sento Sé   |  Sobradinho  | Uauá   |  Mascote |  Santa Luzia   | Canavieiras | Candeias  |   Itaparica | Madre de Deus  |   Salinas da Margarida | Simões Filho  | Vera Cruz | Aracatu   |  Barra do Choça|  Belo Campo  |   Bom Jesus da Serra | Cândido Sales   |  Caraíbas | Condeúba  |   Cordeiros |  Encruzilhada   |  Guajeru | Jacaraci  |   Licínio de Almeida |  Maetinga   |  Mirante |  Mortugaba  |   Planalto  | Poções  |  Presidente Jânio Quadros |  Ribeirão do Largo  


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