Paulo Afonso era o principal polo de produção de energia hidrelétrica da Chesf, atendendo todos os estados nordestinos. Mas, toda essa riqueza produzida em seu território não se traduzia em recursos para o município, já que a empresa não pagava um único centavo de impostos e taxas para a prefeitura local. A receita municipal era oriunda dos repasses da União e do Estado, e os seus prefeitos viviam de pires na mão, de gabinete em gabinete, em Salvador e em Brasília, em busca de ajuda para construir uma escola ou pavimentar uma rua. Paulo Afonso tinha enormes desafios a superar e um orçamento ínfimo, menor que o destinado pela Chesf para a manutenção do seu acampamento.