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Política

Paulo Afonso - Bahia - 06/09/2018

Oposição diz não temer poder moderador de Paulo de Deus ‘estamos com o povo’

.Foto: Ivone Lima.
Vereadores José Carlos, Jean Roubert e Zezinho do INSS
Vereadores José Carlos, Jean Roubert e Zezinho do INSS

A chegada de Paulo de Deus (sem-partido) à prefeitura de Paulo Afonso, pela porta da frente, trazido pelo prefeito Luiz de Deus (PSD), resgatou para a cena política – que andava enfadonha -, a figura do Poder Moderador, que existiu na época do Império.

 Já não resiste a menor dúvida que a primeira vítima da ‘união dos manos’ foi o ex-prefeito Anilton Bastos (Podemos), em cuja campanha segue desprendida do Poder Central, que pede votos para reeleger José Carlos Aleluia (DEM), enquanto no comitê de Anilton se toca a música de João Carlos Bacelar (PR).

 Com a lisura do grupo deflagrada em praça pública, cai, consequentemente, todo o staff de Anilton, que hoje corresponde a quase metade da prefeitura. Mas o plano não acabaria aí.

 Uma das maiores dificuldades experimentadas  por Luiz de Deus, consiste no seu temperamento imutável. Alçado à gestão de Paulo Afonso pela segunda vez, muito a contragosto,  pelo trabalho magnífico do aparelho municipal, à época nas mãos de Anilton, o prefeito governa em 2018, como fizera no início dos anos 90: sem diálogo e sem ceder a pessoas de fora de sua genealogia.

Daí por que o então líder de bancada Jean Roubert (PTB), político jovem e com intenções acima da média [Jean liderou quando a situação tinha ampla maioria], exigindo um tratamento adequado ao cargo que tinha, logo foi substituído pelo vereador Leco (PHS), que não costuma questionar as ações do prefeito. A troca se deu em tempo recorde.

Paulo de Deus e a Câmara

 Eis que ungido de poder dado pelo prefeito, Paulo teria carta branca para negociar o que se chama hoje de ‘a volta dos meninos’, dito de outra forma: os três votos que Jean terá além da bancada de oposição, para eleger-se presidente da Câmara Municipal. Intento que será posto em ação daqui a três meses.

Sabendo que pode ser a próxima vítima do Poder Moderador, Jean, em sessão realizada no Memorial Chesf, disse-lhe as últimas: “Agora vem e se junta, mas eu quero ver é o povo, e a perseguição?, e o chicote?… Agora que o governo está fragilizado e com problemas, se juntam porque eles são amigos do poder, mas o poder deles não é eterno.”

 Jean ainda advertiu que não ‘se vende’ sublinhando que a tentativa de cooptação será uma tentação difícil de resistir. Na sessão desta segunda-feira 03, conversei com pelo menos dois vereadores que estão pisando em falso, porém, eles adiantaram que a palavra firmada continuará: “Nem que me ofereçam a prefeitura, eu não volto, porque eu tenho o povo comigo.”mReside na dita ‘vontade popular’ o ponto mais malicioso.

Fonte/Autor: Por: Ivone Lima

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